Antonio Fernandes

Navegando pela vida…

Confiança em Deus

Nossa partilha de hoje será sobre confiança, ou melhor, no que ou em quem devemos confiar. Confiar somente em nós mesmos, no próximo ou em bens materiais, constantemente, leva-nos a um destino certo: a dor e o sofrimento. De acordo com as Escrituras, somente em Deus devemos confiar, a fim de que nossa vida reflita, plenamente, esse amor recebido do Pai.

Ainda que existam irmãos e irmãs de boa vontade, todos são falhos e frágeis, características inerentes à nossa condição humana. A traição de Judas e a negação de São Pedro são bons exemplos. O profeta Jeremias adverte:

“Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor!” (Jeremias 17,5)

Isso não significa que devemos viver desamparados, desconfiados ou isolados, mas sim que nossa confiança última não pode estar em mãos humanas. Devemos amar e perdoar o próximo, mas com a consciência de que só Deus é imutável e fiel.

Outro grande erro é confiar apenas em si, acreditando que nossa força e inteligência são suficientes para guiar nossa vida. A soberba espiritual e a ilusão da autossuficiência convergem para uma falsa independência, afastando-nos da graça de Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo alerta:

“Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (São João 15,5)

Vários foram os reis e poderosos que caíram porque confiaram em sua própria força. Nossa verdadeira grandeza está no amor de Deus, pois somente Ele nos conhece verdadeiramente e pode iluminar nosso caminho.

O mundo constantemente nos ilude, fazendo-nos crer que a segurança está no dinheiro, no poder, no status etc. No entanto, tudo isso é passageiro. Mais uma vez, Nosso Senhor alerta:

“Não ajunteis para vós tesou­ros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam.” (São Mateus 6,19-20)

A única riqueza verdadeira é a amizade com Deus, por isso devemos abrir o nosso coração para receber o seu amor.

Ao longo da vida, tudo pode falhar. Pessoas nos decepcionam, nossa força se esgota e os bens materiais se dissipam. Mas Deus permanece o mesmo, ontem, hoje e sempre. Ele é a Rocha inabalável, o refúgio seguro em meio às tempestades da vida.

“Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria!” (Provérbios 3,5)

Se colocarmos nossa confiança somente em Deus, Ele nos sustentará, nos conduzirá e nos dará paz, independentemente das circunstâncias. Que nossa oração diária seja como a do salmista:

“Só em Deus repousa minha alma, só dele me vem a salvação. Só ele é meu rochedo, minha salvação; minha fortaleza: jamais vacilarei.” (Salmo 61,2-3)

Sejamos fontes de iluminação divina para nossos irmãos e irmãs, a fim de que essa sede do amor de Deus seja o único desejo de nossos corações.

Confiemos, pois, no Senhor! Ele jamais decepciona!

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2025.

Antonio C Fernandes S F

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