“A pior coisa para mim é eu ofender uma pessoa e não haver uma reação da outra parte.” Marcelo Araújo
No caminho da fé, somos constantemente chamados à conversão do coração. Quando ofendemos um irmão, mesmo sem intenção, ferimos a dignidade de um filho de Deus. E quando esse irmão permanece em silêncio, sem reação, somos confrontados com um espelho espiritual. O silêncio do ofendido reflete o vazio que nosso pecado provocou, não apenas no outro, mas também em nós.
Jesus nos ensinou que a reconciliação deve preceder qualquer oferta feita no altar (Mt 5,23-24). O silêncio de quem foi ferido, muitas vezes, é um grito mudo que clama por justiça, por acolhimento ou por um pedido sincero de perdão. Esse silêncio pode ser também uma cruz para quem sofre e para quem ofendeu, mas é, acima de tudo, um convite à humildade.
Se a falta de reação nos inquieta, é sinal de que ainda há amor em nosso coração. E o amor verdadeiro não se conforma com a ferida aberta, pois ele busca restaurar, pedir perdão, fazer as pazes. No silêncio do outro, Cristo nos fala. Nos chama à responsabilidade, à misericórdia, à coragem de ir ao encontro e dizer: “Perdoa-me, meu irmão. Ao te ofender, pequei contra Deus.”
Que o Espírito Santo nos conceda sabedoria para reconhecer nossas falhas, sensibilidade para perceber o sofrimento alheio e coragem para restaurar, com caridade, aquilo que foi rompido. Pois onde há reconciliação, ali está presente o Reino de Deus.
A Paz de Cristo e o Amor de Maria.
Antonio C Fernandes S F

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